Jogo da "Baleia Azul": necessidade de abrir canais de diálogo com pais e alunos

25/04/2017

Com intuito de reforçar a informação sobre o assunto que está gerando polêmica nas redes sociais, o Colégio Sólido, em parceria com o Sistema Anglo de Ensino, quer contribuir com esclarecimentos a respeito do jogo "Baleia Azul".

Dois fatores contribuíram nas últimas semanas para que o suicídio se tornasse tema de discussões e debates nos círculos sociais e nas instituições de ensino. Um deles foi a estreia de "13 Reasons Why", série do serviço de streaming Netflix sobre uma adolescente que decide se matar, mas antes disso, deixa 13 fitas K7 gravadas elencando os motivos da realização de tal ato. A produção sofreu inúmeras críticas de médicos e órgãos de saúde por romantizar o suicídio e por não tratar o tema com o viés recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A repercussão da série reacendeu a polêmica de um jogo criado na Rússia em 2013, intitulado "Baleia Azul". O game online, realizado por meio de instruções de um mediador anônimo, desafia o jogador a realizar 50 tarefas que incluem assistir a filmes de terror, ouvir músicas psicodélicas e praticar atos de automutilação até culminar no último desafio: o suicídio. O nome do jogo é uma referência ao mito de que uma baleia-azul é capaz de se suicidar encalhando voluntariamente em uma praia.

A polícia brasileira investiga oito casos de suicídio e mutilações que podem ter sido motivados pelo jogo, segundo depoimentos dos familiares. Ao mesmo tempo, vários sites como o Snopes.com e o Radio Free Europe, especializados em desmascarar notícias falsas, afirmam que as mortes ligadas ao jogo são boatos surgidos após a interpretação distorcida de uma notícia antiga.

Notícia falsa ou não, o fato é que, segundo o último levantamento da OMS, o suicídio entre jovens com idade entre 15 e 29 anos cresce no mundo todo, sendo uma das principais causas de morte inclusive no Brasil. Todos os anos, no planeta, uma média de 800 mil pessoas tiram a própria vida. O fato é tão preocupante que levou o órgão a criar, em 2003, o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, no dia 10 de setembro.

"A questão sobre o suicídio não deve ser apontar culpados mas sim conversar sobre um problema que já existe. Quando a gente conversa e faz o adolescente se sentir à vontade para compartilhar as angústias, é possível identificar a razão disso e, assim, evitar que ele cometa o suicídio", afirma Patricia Lacerda, psicóloga e orientadora no Sistema Anglo de Ensino.

Segundo ela, a primeira ação a ser feita é tentar usar os meios disponíveis para discutir abertamente sobre a questão de saúde mental. "É preciso acabar com estereótipos de achar a depressão coisa de gente preguiçosa ou folgada, ou de ver quem frequenta psicólogo como louco. Enquanto a saúde mental continuar fora das discussões dentro de casa e da escola, as taxas de suicídio não irão diminuir", opina.

"É necessário realizar palestras não só com os jovens, mas também com os pais – envolver os pais e divulgar trabalhos como o Centro de Valor a Vida, uma associação civil sem fins lucrativos que presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, em diversas plataformas, como chat, telefone, e-mail, entre outros”, completa a psicóloga.

Conectar, comunicar, cuidar

Esse é o atual lema da campanha de prevenção ao suicídio da OMS. A palavra "conectar" é uma referência a imprescindibilidade de realizar a conexão social entre pessoas em risco para evitar a tentativa de suicídio. "Comunicar" se refere à importância de conversar e interagir, enquanto "cuidar" dá atenção à necessidade de os órgãos de saúde priorizarem a prevenção.

"Não dá para mascarar nem se incomodar de ser invasivo, tem que falar sobre o assunto pois se o jovem está pensando em suicido, já é um risco muito grande. Tem que sentar e conversar e esse é o papel tanto da escola como da família. Para um adolescente é difícil falar sobre querer se matar e por meio de uma equipe de orientação educacional, é possível notar mudanças de comportamento no aluno, se ele começa a se isolar ou a evitar contatos com as outras pessoas", finaliza Patrícia.



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